sexta-feira, 29 de abril de 2011

Para esquentar e enfeitar

Lenços, écharpes, cachecóis e xales são opções para dar charme às produções de Outono e Inverno


Com a chegada do Outono e a aproximação do Inverno, as temperaturas caem, e o guarda roupa passa por uma verdadeira transformação. As peças mais leves e decotadas dão lugar às produções mais quentinhas, com casacos, blazers e golas, além, claro, dos acessórios usados no pescoço, que já viraram hit da estação. Eles fazem diferença em qualquer produção. São lenços, écharpes, cachecóis e xales, itens obrigatórios para quem deseja incrementar uma roupa mais séria, casual ou dar um charme extra aos looks de festa, que merecem cuidado especial para não perder a delicadeza e o requinte.


Os de tecidos mais grossos, como a lã, servem para esquentar, aqueles feitos de seda ou cetim, por exemplo, mais leves, compõem também roupas mais básicas em dias de temperatura mais alta. Basta conhecer as diferenças entre os acessórios e saber usá-los, combinando texturas, cores e estilos. Quem ensina tudo e dá dicas valiosas para não errar na temporada é a stylist Ticha Ribeiro, que sugere o modelo certo para cada ocasião e tipo de roupa.

A écharpe é um tecido comprido em formato retangular feito, geralmente, de material fino, como a seda e o cetim. Normalmente, é usada para compor a produção e destacar o colo ou pescoço e, por ser leve, não serve para aquecer. "Pode ser usada amarrada no pescoço ou jogada sobre os ombros", ensina Ticha. A variação, conhecida como pashmina, é, na verdade, feita com o tecido de mesmo nome, uma lã cashmere muito fina e delicada. Lenços são, genericamente, quaisquer pedaços de tecido em formato definido, geralmente quadrado, que vão bem enrolados no pescoço. Eles podem ter tamanhos, tecidos e estampas diferentes e casam com quase todo look, basta saber combinar.

Os cachecóis são, de maneira geral, feitos de tecidos mais grossos, como a lã, e servem para aquecer, pois são mais pesados e volumosos. O xale, segundo a stylist, é bem característico e fácil de ser identificado. "São mais longos e geralmente usados como um triângulo sobre os ombros. Lembram muito as tendências espanholas e geralmente têm franjas, que dão um charme ainda mais especial", explica.

Os lenços são os acessórios mais usados, pois podem enfeitar uma peça básica, como as regatas, t-shirts e vestidos, ou compor um look mais caprichado com casacos, por exemplo. Além disso, são versáteis, pois podem ser amarrados de diversas formas e multiplicar as possibilidades de uma mesma produção. Os menores, do tamanho de uma bandana, ficam bem se forem dobrados na diagonal e amarrados para trás, na nuca, com o bico virado pra frente, estilo cowboy. A sugestão vale tanto para homens quanto para mulheres e combina com regatas, vestidos e camisetas.

Os de tamanho maior ficam melhor se amarrados para trás, com o bico para frente, preso com duas voltas e com o nó para frente, escondido sob o bico. Esse tipo de lenço muitas vezes tem estampas e tons mais clássicos e combinam com roupas mais sociais. "As produções de trabalho ficam ainda mais charmosas se recebem um lenço bacana, que muda totalmente a cara de uma roupa mais simples", completa Ticha.

Mas ela faz ressalvas. Apesar da liberdade de escolha e das dezenas de possibilidades de uso e de modelos, se houver volume nos ombros, por exemplo, que são tendência nesta temporada, esqueça os acessórios no pescoço ou aqueles jogados sobre os ombros. "A ideia é usar justamente para chamar a atenção e destacar uma produção, cobrir alguma parte exposta ou aquecer. Se já existe um ponto da produção que chame mais atenção do que o restante, abra mão desses acessórios", enfatiza a stylist. Nesses casos, se estiver muito frio, prefira modelos de cachecol mais finos e menos volumosos ou lenços mais discretos e justo no pescoço.

Outra opção que também deve aparecer nas produções invernais são as golas falsas que fazem o papel das golas rolês e também podem substituir os cachecóis. O acessório vai bem com blazer e blusas com decote redondo, mais baixo. Mas, atenção, baixinhas ou pessoas com pescoço muito curto. O acessório pode prejudicar o visual e deixar a silhueta ainda mais encurtada. Use preferencialmente se tiver pescoço longo.

Para os dias mais frios, prefira cachecóis e xales quentinhos, que aquecem e enfeitam. Uma das opções de uso é dobrar em dois, envolver o pescoço e passar as pontas por dentro da dobra. Para não ficar muito justo no pescoço, ajeite ao longo do colo para que o acessório fique mais "gordinho" e não tão longo. O cachecol também pode ser enrolado sem deixar pontas à vista. Fica bem alto e cheio e combina usado por dentro de casacos e blazers. O xale deve ser sempre posicionado de forma que uma parte fique para trás do corpo e posicionado levemente sobre os ombros.

Use também nas produções com peças mais leves

Ao contrário do que imaginamos, é possível, sim, incrementar as produções mais fresquinhas com acessórios que tem cara de Inverno. Não é uma regra usá-los apenas em dias frios. De acordo com Ticha, roupas leves, como vestidos e regatas, podem ser valorizadas com lenços amarrados em volta do pescoço ou écharpes sobre os ombros.

"Nós que moramos no Brasil, costumamos ter invernos mais brandos, e, por esse motivo, esses acessórios acabam se tornando, na verdade, uma maneira de proteger do vento e incrementar a produção", diz. Se a roupa é leve ou decotada, ou o look tem short e regata, não tem problema, pratique o bom senso e escolha uma peça mais simples de tecido mais despojado; vale xale, écharpe ou lenço. A dica da stylist é saber combinar para fazer uma produção equilibrada e harmônica.

"Além da praticidade, de poder carregar dentro da bolsa, por exemplo, esses acessórios mais leves permitem uma composição legal também com roupas de festa que, geralmente, são mais finas e perdem o charme se combinadas com casacos. Nesses casos, a sugestão é apostar em tecidos finos e delicados e preferir o acessório jogado sobre os ombros, somente para dar charme e não deixar o corpo tão exposto", ensina.

Fonte: Jornal Hoje em Dia - Patrícia Santos Dumont - 28/04/2011

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